sábado, março 31, 2012

El Calafate

Em El Calafate não há prédios, todos os edifícios são de 1-2 andares e com jardim próprio, o que a torna numa cidade verdejante e com amplos espaços, apesar de embainhada pela montanha (banco calafate).
Os preços são mais altos do que em B.A. e Bariloche. As excursões são muito caras, mas valem bem a pena.


Dia 2
Após milhares de km e outras paragens, chegada ao destino tão esperado: o parque dos glaciares. A calote de neve da cordilheira dos Andes Sul é a 3o maior do mundo (a seguir à Antártica e Groenlândia).
O glaciar perito Moreno é dos mais famosos do mundo, não só pela sua beleza natural, mas também pelo movimento constante em equilíbrio de avanço e retrocesso, que cria as famosas explosões de gelo, que caem sobre o lago argentino. O vale tem cerca de 3,5km de largo e o glaciar ~5km de frente por terminar em ponta de lança, e 14km de profundidade; 60m acima de agua nas zonas mais altas. A parte central renova a cada 200 anos, margens ~400 anos.
É difícil descrever a sensação de contemplar uma beleza natural tão extrema como esta. Parece mexer com os sentimentos mais primitivos pela grandiosidade, as cores, os sons provocados pelo gelo a quebrar, a sensação do frio glaciar percorrer a pele e deixar marcas na face, nas entranhas, na alma... É uma imagem que não nos deixa nunca mais...

Ainda com os sentidos meio anestesiados, fomos fazer o passeio sobre o glaciar com grampos adaptados aos sapatos, para fazer granizado no caminho. Vimos covas e pontos de escape da agua superficial, que descem para a base do glaciar, lubrificando-o. O gelo assumo formas estranhas e desenha azuis profundos.
Brinde no final com whisky e granizado do glaciar. Top!

Dia 3
Passeio de barco pelo lago argentino, o maior do pais com ~1560km2, com passagem pelos braços Spegazzini e Upsala com glaciares com o mesmo nome. O Upsala é o maior do parque nacional, com uma área de 765km2 (o maior do hemisfério sul é o Pio XI com 1265km2). Infelizmente não se consegue aproximar da frente do glaciar, pois como está em rápida debelação forma um canal cheio de icebergues à sua frente tornando a navegação impossível. O Spegazzini é o mais alto, com ~130m, e recebe afluentes das montanhas vizinhas, que o tornam único na sua frente pois vê-se o afluente Peineta abraçar o monte.
Tinha nevado durante a madrugada, pelo que o topo dos montes estava salpicado de neve, como se tivesse passado um coador de açúcar em pó gigante.
Na volta fomos a um chazinho com crepe de dulce de leche, o Viva la Pepa, uma surpresa agradável pelo ambiente que criaram e pelo serviço.
À noite fomos a outro assador, o Don Pichón, que tem transfer do hotel pata o restaurante (logo se espera um local turístico). É-o de facto, mas os empregados são jovens e simpáticos. A parrillada compõe-se de cordeiro assado, bife de chorizo e vazia, chouriços, frango assado, tripas de cordeiro, tudo sobre uma chapa com brasas que vem para a mesa. O paraíso dos carnívoros. Essencial ser regado com vinho nacional da casta malbec.

O ultimo dia fez-se de passeatas a pé pela cidade, enquanto se aguardava hora do voo com destino ao fim do mundo

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